Não sei os riscos que corro ao escrever este post, mas como este blog não tem a profusão de um JN ou de uma TVI, não deve vir muito mal ao mundo.
Tenho que confessar como nota prévia que não simpatizo com este primeiro ministro. Não é da minha cor política e como pessoa e profissional ostenta alguma características com as quais não empatizo e que julgo ser perniciosas para o exercíssio da função de PM, logo prejudiciais para o meu país.
Não votei em Sócrates e não vou dizer que já previa esta situação, mas que tinha alguma probabilidade de acontecer, lá isso tinha.
Vamos por partes...
Há umas escutas que apanham o PM numa conversa comprometedora. Trata-se de uma conversa privada? Falam de miudas, de futebol ou combinam uma tainada?
Não! Discutem temas do país, nos quais indicam nomes e atitudes a tomar.
O que faz o Juiz de Aveiro? Manda investigar!
O que faz o presidente do TC? Manda destruir as escutas. Estranho, não?
Resta acrescentar que só o Presidente do Tribunal Cosntitucional tem poder para mandar validar as escutas a figuras de estado, entre as quais está o PM.
Obviamente, o Juiz de Aveiro, que ouviu as escutas e apurou serem indiciadoras de crime, discordou na essência e não destruiu. Fez bem. Só porque são elegais as escutas (NR: Só o presidente do TC pode autorizar as escutas), havendo indícios de crime ao escutarem outros, as mesmas devem ser válidas.
Este é mais um caso envolvendo o PM. São muitos os casos. Casos demais, que deviam levar a uma atitude do Presidente da República.
Como português sinto-me envergonhado. Estou de consciência tranquila, porque não votei neste governo, mas isso não chega.
Por muito menos, Santana Lopes foi demitido do Governo. E Santana, apenas era incompetente. Sócrates está envolvido na questão da Independente, dos projectos na covilhã, no caso Freeport, e agora na questão da liberdade de imprensa.
Que bela democracia temos nós...
Mas estranhamente, os cães ladram e a caravana passa!
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