domingo, 28 de fevereiro de 2010

Sapatinhos para a Chuva


Chove há tantos dias seguidos que já não sei que é ter sapatos secos. Mas pronto, a malta masculina lá vai aguentando.
Para as senhoras é que se torna mais complicado, pois aliando a moda com as condições climatérias, a coisa não anda nada fácil.
Vai daí que já foram apresentados os novos modelos de sapatos de salto alto para a estação das chuvas, que pela sua intensidade, têm criado inundações e elevados caudais nas ruas um pouco por todo o país.
Não sei ainda em que loja estão à venda estes modelos, mas pela foto que me enviaram, trata-se de uma ideia com muito potencial.
Se souberem, informeu o Cagareu, para que possamos também passar a mensagem aos nossos amigos internautas.

Pastelinos de Belém



Uma das coisas boas que Lisboa tem, além da placa "A1 - NORTE" (Sic, Jorge Nuno Pinto da Costa) são os famosérrimos e deliciosos Pastelinhos de Belém.

Como os fazem não sei. Aliás, apesar da receita estar afixada na parede, ninguém os faz de maneira igual. O que é certo é que se trata de uma empresa nacional, fundada em 1837, a fazer portanto, quase 200 anos.

Enquanto saboreava um pastelinho dava por mim a reforçar a ideia que o país devia "fechar para balanço" e quando abrisse, deveria apostar nas 3 áreas em que é verdadeiramente bom: Gastronomia, Turismo e Tecnologia. Tudo o resto, meus amigos, é andar a perder tempo e queimar recursos, competindo com países que são bem melhores que nós.
Ao nível da gastronomia, defendia a criação, o incremento e a divulgação de zonas temáticas, com a exibição e degustação dos pratos e vinhos dessa zona. Partilhava essa ideia com a minha esposa, dando-lhe o exemplo da semana gastronómica do marisco que Aveiro realiza todos os anos pela Páscoa e que atrai milhares de turistas espanhois.
A coisa interligada com o turismo, funcionaria lindamente. Dei-lhe o exemplo da Praia da Barra. O que tem a Barra para oferecer? Nada! Água fria e nevoeiro. Dei-lhe o exemplo da Zambujeira que agora com o Parque de Campismo ZMAR (o parque ecológico com piscina interior de ondas aquecida) vai combater a sazonalidade. Aliás, já tenho planeado ir lá nesta Páscoa passar um dia.
Temos que nos virar para o que fazemos melhor: Turismo e Gastronomia.
Estranhamente, a nível de tecnologia também somos bons! A Universidade de Aveiro é das melhores do mundo e se formos à NASA ou a Silicon Valey encontramos "carradas" de Tugas, pois repito, há cá no burgo qualquer particularidade que nos faz inteligentes e inovadores.
Ainda bem. Apostemos, então.
A foto que vos deixo neste post é fabulosa e foi tirada nas enormes instalações dos Pasteis de Belém. É uma peça de museu que foi em tempos a registadora de serviço naquela unidade comercial. Muitos centavos e escudos devem ter passado por ela.
Peço-vos também que a ampliem e se deliciem com os dizeres "O Freguês verá no mostrador a importância da sua compra". Até aqui a empresa inovou... dezenas de anos antes da criação dos simpáticos inspectores sa ASAE e das Finanças, já a empresa dos pastelinhos queria evitar chatices, colocando essa placa. Não vá o diabo tecê-las!
Ah... e os pastelinhos (foram 2!) estavam divinais.

Fim de Semana Perfeito no Jardim Zoológico de Lisboa


O fim de semana passado foi vivido em Lisboa. Não para ver qualquer jogo do Glorioso (espero lá voltar mais para Abril/Maio para aplaudir o jogo do Título) mas para ir ao Jardim Zoológico.
O JZ é uma das coisas boas que Lisboa tem, e por consequência, Portugal apresenta como cartão de visita. Depois de muitos anos, numa panaceira típica de país sub-desenvolvido, alguém se deve ter lembrado que ter um espaço destes no centro da Capital do País era um factor de orgulho e que poderia e deveria ser cuidado e rentabilizado.

Obras feitas, o JZ oferece agora além dos animais em exposição, espectáculos interessantes, educativos e verdadeiramente familiares, constituindo uma belíssima oportunidade para que os agregados se juntem e passem um dia pedagógico transmitindo aos mais novos valores essenciais ao nosso planeta como a preservação, a limpeza e a ecologia.
Não posso deixar de observar no entanto que o JZL é um programa que tem que ser considerado de LUXO e não ao alcance de todos (o que é pena, num país com tanta falta de valores e ensinamentos). Um bilhete para adulto custa 16€ e o de criança custa 12€. Uma família como a minha (2+1) tem que pagar 44€ para visitar o Zoo. Carote, portanto e não ao alcance de todas as famílias. É pena, pois todos os cidadãos deveriam poder ter acesso a este serviço público.

Deixo-vos com esta foto, uma de muitas que tirei. Achei muito curioso que muitos animais, na presença da "objectiva", faziam "pose". Tirei portanto muitas fotos, para mais tarde recordar, com a colaboração de modelos multifacetados que brilharam nitidamente no album deste dia fantástico.
Fantástico porque foi em família, porque serviu para um "escape" do stress do dia a dia e não menos importante, porque observei "in loco" uma das coisas boas que o meu país tem para oferecer em consumo interno e externo.

domingo, 14 de fevereiro de 2010

Escutas x Liberdade de Imprensa

Não sei os riscos que corro ao escrever este post, mas como este blog não tem a profusão de um JN ou de uma TVI, não deve vir muito mal ao mundo.

Tenho que confessar como nota prévia que não simpatizo com este primeiro ministro. Não é da minha cor política e como pessoa e profissional ostenta alguma características com as quais não empatizo e que julgo ser perniciosas para o exercíssio da função de PM, logo prejudiciais para o meu país.

Não votei em Sócrates e não vou dizer que já previa esta situação, mas que tinha alguma probabilidade de acontecer, lá isso tinha.

Vamos por partes...

Há umas escutas que apanham o PM numa conversa comprometedora. Trata-se de uma conversa privada? Falam de miudas, de futebol ou combinam uma tainada?

Não! Discutem temas do país, nos quais indicam nomes e atitudes a tomar.

O que faz o Juiz de Aveiro? Manda investigar!

O que faz o presidente do TC? Manda destruir as escutas. Estranho, não?

Resta acrescentar que só o Presidente do Tribunal Cosntitucional tem poder para mandar validar as escutas a figuras de estado, entre as quais está o PM.

Obviamente, o Juiz de Aveiro, que ouviu as escutas e apurou serem indiciadoras de crime, discordou na essência e não destruiu. Fez bem. Só porque são elegais as escutas (NR: Só o presidente do TC pode autorizar as escutas), havendo indícios de crime ao escutarem outros, as mesmas devem ser válidas.

Este é mais um caso envolvendo o PM. São muitos os casos. Casos demais, que deviam levar a uma atitude do Presidente da República.

Como português sinto-me envergonhado. Estou de consciência tranquila, porque não votei neste governo, mas isso não chega.

Por muito menos, Santana Lopes foi demitido do Governo. E Santana, apenas era incompetente. Sócrates está envolvido na questão da Independente, dos projectos na covilhã, no caso Freeport, e agora na questão da liberdade de imprensa.

Que bela democracia temos nós...

Mas estranhamente, os cães ladram e a caravana passa!

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

O Kica a brilhar no Carmo



Este fim de semana ficou marcado por dois momentos muito simpáticos: o Jantar mensal do Paris Carmeli (o grupo de casais a que pertenço) e uma actuação do Kica.

Parece mal dizer que vamos "actuar" à missa, mas é verdade meus amigos e dizer o contrário é deixar o pecado da vaidade para enveredar pelo pecado da mentira. E, eu prefiro pecar pelo primeiro.

Também diria que me esforço para ser vaidoso... dou o litro. Exijo de mim e de quem me rodeia. Como diria José Cid "nasci para a música" e procuro através dela complementar aquele artista que há em mim e que gosta de ter público para o aplaudir.

O Kica reúne grandes músicos, daqueles que foram criados e orientados para criar. Fazer mais do mesmo é uma seca. Isso é para as máquinas... os criativos exploram sempre novos caminhos. E, quando um homem sonha, o mundo pula e avança!

A tarde de sábado foi então de Ego lá em cima. Um ensaio e uma missa espectacularmente bem tocada e cantada. Muitos elogios, sendo o principal proveniente do tímido padre Brito.

O "publico" aplaudiu. Duas vezes! Mas não era Deus que deveria ser aplaudido numa missa? Era, sem dúvida. Os aplausos também foram para Ele, pois dotou-nos de talento e de vontade de colocar esse talento em prol da Igreja.

A festa de Sábado foi bestial. Tirámos um som muito agradável do conjunto e os coros (o Kica e o Lauda) "soltaram cá para fora" um som pujante, cheio de garra e energia.

Frei Brito classificou-o como "pareciam anjos a cantar". É verdade. Ouvir um coro de crianças a cantar é musicalmente refrescante.

Tocar com o Fábio, a Carolina, a Inês, a Sofia, o Fernando e o André (que esteve na percussão) é altamente estimulante. No ensaio o Fabinho "saca" uma "Bossa Nova" para o Pai Nosso que me levou ao céu... Eu disse: "pessoal, vamos todos atrás dele..." E, foi uma delícia de ouvir...

Como diria uma mãe, culturalmente mais envolvida: "já paguei para ouvir coisas com menos qualidade".

É bom de ouvir. Muito bom de ouvir. O André, o "eterno companheiro de Route" tirou um som muito legível e equilibrou muito bem todos os registos.

Tivessemos todos os músicos e coralistas presentes e a festa ainda seria maior.

Sábado foi um dia daqueles para mais tarde recordar! Muitas vezes.