40 Anos!

Fiz ontém 40 anos. Mais do que aquela decrépida piada do "agora entras nos entas e nunca mais de lá sais..." há a sensação deprimente de que deixamos de ser jovens. E isso é uma chatice.

Aos 39 anos és jovem. Aos 41, já é complicado justificares que ainda és jovem. Tens barriga, alguns cabelos brancos e uma filha quase em idade de namorar e és jovem... Não dá!

Portanto, entramos com pujança e cagança da "meia idade". Por muito que isso nos custe. E custa. Olhando para trás vemos coisas muito bonitas e um percurso feito com muita dignidade e valores e olhamos para o futuro sempre com optimismo, pois as bases desses valores estão cá e embora o meio que nos rodeia se vá tornando mais agressivo, vivemos ainda numa cidade calma, numa família fixe e com amigos porreiros.

Haja saúdinha e algum dinheiro para gastar.

Cajon

Este sou eu. Estou a tocar Cajon. O Cajon é um instrumento de percussão que teve sua origem no Peru colonial, onde os escravos africanos, separados de seus instrumentos de percussão pelos feitores da época, utilizaram-se de caixas de madeira e gavetas (outra tradução para cajón) para tocarem seus ritmos. Daí dizer que sua origem é afro-peruana. Com o passar do tempo o instrumento transformou-se no que conhecemos hoje por cajón. O instrumento hoje é considerado pelo governo peruano como "Patrimônio Cultural da Nação". (wikipédia).

O meu amigo e grande locutor da Aveiro FM, António Filipe, falou-me deste instrumento há muitos anos e eu não lhe dei a devida importância. Depois de assistir a alguns concertos (nomeadamente o da Mariza) e de ter ouvido o Coro da Vera Cruz a utilizá-lo no casamento da TT, na Carvalheira, decidi comprar uma coisa destas e dedicar-me a aprender.

Como se vê, é um instrumento de percussão e substitui muito bem a bateria, criando várias áreas de sensibilidade, com sons diferentes. No Kica tenho utilizado o referido instrumento para embalar o coro e dar-lhe outra projecção. Este fim de semana, entre ensaios e celebrações fiquei com a mão um pouco vermelha. Ossos do ofício. Há vídeos muito interessantes de Cajon no Youtube, que recomendo vivamente.

Back!

Há muito tempo que por cá não vinha. Um blog é um diário. Confesso que não tenho tido muito tempo para partilhar convosco o que me vai na alma. Muito trabalho, muitos compromissos e uma vida muito intensa, com férias à mistura.

Quando pensei em escrever várias vezes, vários temas me surgiram ao pensamento, mas como alguns deles eram de cariz político, decidi controlar a azia e partilhar convosco apenas as coisas boas.

Uma delas é as Férias. Tirei uns dias em Junho e fui passear para Sul. A foto que vêm em cima é de Beja. Já não por lá passava há algum tempo. A cidade está quase na mesma. Mas é sempre bonita de se ver e contemplar nesse Alentejo que é muito meu.

Este ano é um ano muito especial. Faço 40 anos e o meu avô 100. Todas as pessoas da minha família são importantes mas o meu avô ganha um significado muito especial. Temos muita empatia e é um velhinho "fixe". Depois, como infelizmente já não vai andar cá por muito tempo (lei da vida!) dedico-lhe neste ano do centenário uma atenção especial.

Estive com ele na Zambujeira e no regresso para Aveiro fiz questão de ir a Fátima tirar esta foto. Acredito que nos voltamos a encontrar lá em cima. Pelo seu precurso e pelo meu, imagino que iremos ser colocados na mesma secção, quando nos despedirmos desta vida e voltarmos para onde viemos.

Isto hoje está muito profundo...

Esta foto é de Armação de Pera, onde também estive. Termino com uma imagem bonita, recomendando a visita ao site do Kica (Koro infantil), que me tem consumido grande parte do meu tempo de lazer. O grupo está a crescer muito e puxa pelo artista que há em mim. Tenho me divertido muito a tocar e a participar deste projecto. Há muita gente boa empenhada nele e isso dá ânimo. No dia 17 e 18 de Julho vamos celebrar um ano de vida. Ficam já todos convidados a participar nas festividades, que incluem Benção das Crianças, no 17 e Missa das 11.30 no 18.